Panacéia dos Amigos

quinta-feira

John Byrne

John Byrne é um dos mais geniais desenhistas e roteiristas de histórias em quadrinhos. Nascido na Inglaterra em 6 de julho de 1950, se mudou aos 8 anos para o Canadá e naturalizou-se estadunidense.

Byrne possui um estilo de desenho rico em detalhes e de um traço muito preciso e característico. Seu traço é de fácil reconhecimento e muito agradável estéticamente, além disso, é rico em detalhes. Byrne é também um daqueles raros desenhistas que, não obstante o talento ainda é um roteirista notável.

Um de seus trabalhos mais famosos, X-Men, teve sua participação como roteirista , a princípio, uma influência que foi crescendo até se tornar o maestro da principais linhas dos roteiros cabendo ao então roteirista, Chris Claremont, redigir os diálogos. Nas histórias do X-Men lançou a Tropa Alfa, grupo de super-heróis canadenses que perseguia seu ex-membro Wolverine. O cuidado especial de Byrne com esse personagem, aliás, ajudou-o a que se transformasse num dos maiores heróis marvel do novo século. Esta fase ajudou a transformar X-Men e o personagem Wolverine no fenômeno atual, logo após a "Saga da Fênix", os desentendimentos com Claremont tornaram irreconciliáveis e Byrne se despediu do título.

Trabalhou ainda em Capitão América aonde influenciou, também, fortemente os roteiros, alguns deles entre os melhores que já li do Capitão, como a história do Capitão para presidente ou o arco de histórias com o Barão Sangue . Mas, o melhor ainda estava por vir quando, assumindo roteiro e desenho realizou a reformulação do Super-Homem e o trabalho genial nas aventuras do Quarteto Fantástico.

Suas aventuras no Quarteto passaram a ser elaborados roteiros de ficção científica e ao mesmo tempo reforçava a "humanidade" com histórias que fortaleciam a "família" do Quarteto, ainda que se propusesse a colocar novos membros como fez ao substituir o Coisa pela Mulher-Hulk, uma de suas personagens favoritas, a quem dedicou até uma Graphic novel.

Assim era Byrne com roteiros geniais(ou, no mínimo, eficientes) reformulava drasticamente a vida dos personagens. Jamais deixando pedra sobre pedra. Sua ousadia como roteirista de personagens tão conhecidos e "comerciais" das grandes editoras fazia com que fosse amado e "temido" pelos fãs de personagens que temiam as mudanças do "louco" do Byrne. Quando sabíamos que nosso personagem favorito estaria nas "mãos de Byrne" já esperávamos roteiros alucinados e interessantes, para não falar da expectativa de ver a revolução visual que sofreria no traço do mestre.

Durante os anos 90, Byrne criou vários personagens como Next Men e Danger Unlimited. Entre os anos de 2004 e 2005 trabalhou principalmente para a DC Comics. Não acompanhei estes trabalhos, mas, as críticas não foram positivas.

Em tempos recentes, Byrne voltou a trabalhar com Claremont nas histórias da Liga da Justiça, no entanto, seu traço e mesmo sua habilidade em contar as histórias sofreu declínio, e mesmo para os fãs como eu é impossível negar este fato. Tanto o traço como a história eram apenas eficientes, mas sem a empolgação ou a genialidade de outros tempos. Enfim, talvez, devamos levar em conta que os autores (Byrne e Claremont) não estivessem muito a vontade trabalhando juntos novamente.

Para não dizer que tudo é um caso perdido, ao menos, eu gostei da maneira como interpretaram a personalidade do Batman, um detetive eficaz como sempre, mas, um tanto menos agressivo e até dotado de um certo humor negro. Interessante.

No entanto, por tudo o que realizou Byrne é uma referência nos desenhos e roteiros aonde soube unir a capacidade de produzir quadrinhos com grande aceitação de vendas e que, além disso, possuíam excelente qualidade.

Fonte de pesquisa: Wikipédia.

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