Panacéia dos Amigos

sexta-feira

As bolas de fogo de Araçariguama

Continuo buscando em meio ao meu baú de casos misteriosos, novas histórias. Sempre me interessei pelo mistério e busquei informações em várias revistas e livros. Com este blog, procuro compartilhar um pouco disto, deixo abaixo as referências para que os leitores possam buscar se quiserem estas fontes que fornecem relatos e informações tão assombrosas. Estas abaixo, ocorreram no Brasil, e nos levam a meditar sobre o quanto realmente temos domínio sobre os acontecimentos de nossa vida.

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Aconteceu numa segunda-feira de Carnaval, 4 de março de 1946, e até hoje o caso sobre essa luz estranha e mortal continua sendo um mistério para os moradores da pequena cidade de Araçariguama, interior de São Paulo.

Ninguém sabe explicar aquele evento que marcou para sempre a história da cidade. Apenas três lavradores, que na época eram adolescentes e presenciaram o fato, estão vivos para falar sobre as bolas avermelhadas que atacavam sem piedade.

"Era Carnaval e o João resolveu ir pescar logo cedo. Tudo aqui era mato, não havia energia elétrica ainda. Depois da pesca, ele voltou para o sítio onde tudo aconteceu", afirma Luis Prestes, 60 anos, sobrinho do falecido. Segundo ele, por volta das 9h daquela segunda-feira, João chegou ao sítio e, quando estava na sala, foi surpreendido pela presença de uma grande bola de fogo avermelhada. Ela se dividiu em duas e entrou uma luz na sala onde ele estava. "O corpo dele ficou completamente queimado, mas suas roupas estavam intactas", afirmou o sobrinho.

João teve queimaduras de 2º e 3º graus. Agonizou por nove horas antes de morrer. Mesmo assim, depois de ser socorrido, foi interrogado pelo delegado João Malaquias. Segundo Luiz, João apenas dizia que tinha sido atacado pela luz, que ela tinha invadido o sítio e o queimado.

"Não foi ninguém, foi a luz que veio do céu", repetia antes de morrer. A piora de Prestes acontecia rapidamente. Depois da queimadura, suas carnes começaram a se desprender do corpo, com se tivessem sido cozidas em água fervendo. Ele começou a sentir dores insuportáveis e a ter alucinações. Depois vieram as convulsões e a morte.

Muitos na cidade não acreditaram na história, acharam que ele tinha bebido muito durante a pescaria e se queimado com a lamparina de querosene que levava consigo. Porém, como?

Se realmente fosse um incêndio, móveis, cortinas e sofá também seriam queimados. Mas, nada queimou além do corpo de Prestes. Os lavradores Paulo de Matos, 68, e João Roque de Andrade, 72, que também presenciaram o caso na época, disseram que no caixão, o corpo de João ficou muito dilacerado, inchado, fora dos padrões normais.

O caso acabou sendo esquecido pela população e até virou lenda para assustar crianças. Mas, como numa promessa sinistra e macabra, a luz mortal voltaria a atacar. Quinze anos depois da morte misteriosa de João Prestes, mais um membro de sua família foi atacado, o também lavrador Ermeliano Prestes, primo de João.

Tudo aconteceu durante uma caçada. Ermeliano estava na antiga Estrada do Cotiano, indo para o meio do mato caçar javali quando percebeu que estava sendo "seguido" por uma bola de fogo. Como no ataque anterior, a bola se dividiu em duas e começou a radiar uma luz intensa e bem forte sobre Ermeliano.

Segundo o seu filho, ele se escorou em um barranco, tirou do bolso todas as rezas que conhecia e desafiou a luz. Por mais incrível que pareça a luz foi embora. Ermeliano chegou em casa com pequenas queimaduras (e roupas intactas) e contou a história para todos, revivendo a lenda da luz mortal.

Depois de muitos anos, Ermeliano morreu. Causa da morte: Câncer de pele devido a exposição a radiação. O que poderia ter acontecido nestes dois ataques? Será que a luz mortal , era obra de um OVNI fazendo experiências mortais com seres humanos? Segundo a família de João, a ossada dele encontra-se atualmente nos Estados Unidos para estudos.

Após a morte do lavrador, até hoje considerado um caso clássico na ufologia brasileira, as bolas de fogo foram batizadas de "Boitatá". Hoje, onde ficava a antiga Estrada do Cotiano, encontra-se um retiro espiritual evangélico conhecido como Vale da Benção. No local, os freqüentadores constantemente vêem luzes, mas nunca foram atacados. Por quê? O mistério continua...

Fonte: Revista 89 FM

Misteriosa estrada perdida

Era mais uma viagem de rotina para os caminhoneiros Elias Seixas de Matos, Guaraci de Souza e Alberto Seixas Vieira. Eles não viam a hora de chegar ao seu destino, o Rio de Janeiro, e tudo corria bem.

Mas, de repente, os faróis do caminhão começaram a piscar sem parar e o rádio não sintonizava nenhuma estação como se uma força eletromagnética muito forte desgovernarsse todas as funções do caminhão. Elias, desligou os faróis , mas eles continuavam a agir estranhamente , com se fossem controlados por outra pessoa.

Súbito, os caminhoneiros viram descer do céu em direção ao veículo um raio azul. Desceram do caminhão e perceberam que um fogo sem fumaça se encontrava a cerca de 1,5 km deles. Fascinados pela experiência, dirigiram-se ao objeto, mas no meio do caminho tiveram medo e resolveram voltar. Deram partida e foram embora. No caminho, o chapéu de Guaraci caiu na estrada. Elias parou o caminhão para Guaraci busca-lo. A partir desse momento, nenhum dos três lembra o que aconteceu.

Retornaram para a estrada e continuaram seu caminho. Em Guaraí, parariam para descansar. O trajeto deveria durar quatro horas, só que estava parecendo muito mais longo. Quando chegaram a cidade, os três pensavam que fosse 23h30 (hora programada para a chegada), mas foram informados no posto que já eram 4h30 da madrugada. Ao abastecer o caminhão, tiveram outra surpresa. Após percorrerem 145km , faltava apenas um litro para completar o tanque. Como? Quando chegou ao Rio de Janeiro, Elias descobriu que gastou 12 vezes menos combustível. Ao chegar em casa, outra surpresa. A verruga de uma das mãos tinha desaparecido para sempre, como se ele tivesse passado por uma cirurgia. Ávidos por respostas, os três procuraram a regressão hipnótica.

Elias descreveu que esteve em um aparelho metálico em forma de ovo, flutuando de cabeça para baixo. Alberto e Guaraci disseram que foram levados para uma grande sala e, à sua frente, um homem manuseava algumas alavancas. Segundo seus relatos, passaram por diversas experiências conduzidas por seres que usavam roupas amarelas ( até hoje, não se lembram dos rostos).

Todos os três tiveram perda parcial da memória e até hoje passam por tratamento. Após muitas investigações, descobriu-se que os caminhoneiros foram "entrevistados" pelos militares (que negam) . O que realmente aconteceu ? Terá realmente havido uma abdução? Qual a participação dos militares? Várias são perguntas sem resposta ...

Fonte: Revista 89 FM

O mistério sombrio de Jack, o estripador

LONDRES E WHITECHAPEL

1888.O império britânico está no auge e seus domínios estendem-se por vários territórios na Europa até a Índia. Sua influência está em todas as partes do mundo, trata-se da superpotência desta época. Sob o comando, já há meio século, da Rainha Vitória, o império britânico prospera como nunca antes em sua história.

Londres é a capital do mundo. Uma metrópole que oferecia muitos prazeres e diversões aos seus habitantes e visitantes. Pelo menos, aos que podiam pagar, aos demais cabia pagar a prosperidade dos outros com uma vida de miséria quase absoluta. Estes universos paralelos e conflitantes se representavam entre o West End que era um bairro nobre com seus teatros de luxo e belas mansões e o East End com seus cortiços, pensões e bórdeis aonde um bairro se destacava em todos os seus aspectos funestos: Whitechapel.

Whitechapel era um verdadeiro labirinto com ruelas estreitas, pátios e becos que eram escuros mesmo sob a luz do dia. As casas eram todas velhas e mal conservadas. Em geral, uma família inteira , com dez ou mais pessoas ocupava um único cômodo, sem banheiro, iluminação ou ventilação. Mesmo assim, afluíam para o bairro inúmeras pessoas que desejavam tentar a sorte em Londres, vindas do interior ou de outros países. No ano de 1888, a população de Whitechapel alcançava 2.000.000 de pessoas entre judeus, russos, poloneses, chineses, escandinavos e ingleses marginalizados, um número que superava cidades como Filadélfia ou Berlim, e a prostituição era o meio mais utilizado pelas mulheres miseráveis para garantir sua sobrevivência. Havia mais de 2.000 prostitutas vagando pelo bairro, chegando até a atender os clientes em plena rua. Além da prostituição, o crime era um meio de vida, bastante comum.

E foi no miserável bairro de Whitechapel aonde aconteceu o flagelo conhecido como JACK, O ESTRIPADOR.

OS ASSASSINATOS

A partir do mês de agosto, Jack, o estripador, transformou o bairro de Whitechapel em um matadouro. Trouxe o horror e pesadelo as almas de toda Londres. Assassinou brutalmente cinco prostitutas e desapareceu, sem deixar vestígios, repentinamente como surgiu alimentando um mito e mistério que se espalhou por todo o mundo perdurando até os dias de hoje.

A primeira vítima foi Mary Ann Nichols , sua garganta estava cortada e seu abdômen aberto. Não havia testemunhas, ninguém havia escutado nada. O investigador responsável fez com que se lavasse rapidamente o sangue deixado na rua pelo corpo, antes dos exames de legistas. Acreditou-se tratar de um crime passional nada incomum na vida das prostitutas de Whitechapel.

Este caso já caía no esquecimento quando ocorreu o segundo assassinato. O corpo de Anne Chapman , 47, foi encontrado nos fundos de uma casa em Hambury. A garganta estava cortada de lado a lado, o abdômen aberto e os intestinos jogados sobre o pescoço. Foi encontrado um avental de couro próximo ao corpo, além de três moedas e outros pequenos itens colocados meticulosamente, de maneira organizada e cujo significado escapava a polícia. O avental de couro era usualmente utilizada por açougueiros , gerando uma revolta e perseguição contra eles. A Scotland Yard resolve seguir as investigações sigilosamente, pois, o caso começa a causar confusão nas ruas.

No dia 30 de setembro, ocorre a noite dos dois assassinatos. Quando julgava-se que o assassino haveria desistido. Ele ataca de maneira assombrosa, com diversos policiais nas ruas, duas prostitutas e foge sem deixar vestígios. A primeira vítima, Elisabeth Stride, tinha a garganta cortada, mas a chegada repentina de um transeunte, fez com que Jack fugisse sem completar a mutilação. A polícia é avisada e se mobiliza nas ruas. Logo, em Mitre Square, distante não mais do que quinze minutos de corrida do local da primeira vítima, um segundo corpo é encontrado.

A vítima se chamava Catherine Eddowes, embora fosse também conhecida por outros nomes, entre eles o de "Mary Ann Kelly", sua perna esquerda estava esticada, e a direita encolhida. As palmas das mão estavam estendidas para cima, como se ela estivesse em oração ou pedindo perdão. A garganta, como de costume, cortada de lado a lado, e a parte do rosto do nariz até o ângulo direito havia afundado. Um pedaço da orelha direita estava desaparecido. Um corte havia sido feito do pescoço até o ventre. Os intestinos foram puxados e deixados em volta do pescoço e vários órgãos internos haviam sido retirados. Numa parede próxima foram encontrados pichações provocativas que envolviam os judeus. E numa fonte pública, havia sangue aonde o assassino teria lavado as mãos. Havia o desejo de fotografar o escrito, afinal, era aquela a escrita do estripador, mas o responsável da investigação mandou apagar as inscrições antes de qualquer registro alegando que logo vários transeuntes estariam ali podendo-se iniciar uma onda de anti-semitismo.

Foi então, que o horror se espalhou por toda a cidade londrina. O depto. da Scotland Yard recebia inúmeras cartas, supostamente, do assassino. Nestas cartas, ele desdenhava do esforço policial em captura-lo, divertia-se com as teorias a respeito e prometia mais mortes. A mais dramática trazia junto um vasilhame contendo um pedaço fresco de fígado, que o assassino que se identificava como Jack, o estripador, dizia haver comido a metade e que havia retirado de uma de suas vítimas. Exames realizados demonstravam que, de fato, se tratava de um fígado humano. Jack, enlouquecia de terror a população e se tornava um enigma terrível para a Scotland Yard, mas o pior ainda estava por vir.

Mary Jane Kelly, 25, era uma conhecida prostituta de Whitechapel, sua beleza, talvez, em virtude de ainda ser jovem, era muito cobiçada pelos "clientes", o que dava a Mary o "luxo" de poder utilizar um quarto que alugava em Dorset Street, nº 13.

Em 09 de novembro, o corpo de Mary Kelly foi encontrado pelo senhorio. Os lençóis e as paredes estavam banhados de sangue. Na lareira, fervia uma panela com água, e o coração de Mary estava nele. Um feto de três meses fora arrancado de seu útero e lançado contra a parede próxima da cama. Mary Kelly estava deitada, nua, sob a cama. A garganta estava cortada de orelha a orelha com profundidade até a coluna vertebral. Orelhas e nariz foram cortados e a pele do rosto foi arrancada. Do peito ao ventre foi aberta incisão deixando o abdômen e o estômago abertos. Os seios foram cortados e colocados, juntamente com todos os órgãos internos sobre uma mesa ao lado da cama. A perna direita estava flexionada e fora totalmente desossada. Roupas, provavelmente as dela, foram queimadas no fogo.

A Scotland Yard trouxe fotógrafos para tirarem fotos da retina de Mary Kelly na esperança de que a imagem do assassino estivesse neles. O local foi investigado e o assassinato em todos os seus terríveis detalhes tornou-se de domínio público horrorizando ainda mais a população. No entanto, nada mais se saberia sobre Jack, o estripador, este fora seu último assassinato.

SUSPEITOS

Existem vários suspeitos que podem ter sido Jack, o estripador. Tais suspeitas vão desde a moradores de Whitechapel, artistas plásticos, atores, ocultistas, médicos (como William Gull, médico da rainha e, de fato, necessitava-se de algum conhecimento para a mutilação, além de instrumentos médicos) até membros da nobreza britânica (O príncipe) e da Maçonaria. No entanto, provavelmente, nunca se saberá quem foi Jack, o estripador. Sua história se tornou um mito , uma parte das lendas britânicas tornando Whitechapel e os locais dos assassinatos uma atração turística visitada todos os anos por milhares de pessoas e geradora de diversos livros de pesquisa e ficção.

A identidade e as motivações de Jack, o estripador provavelmente jamais serão conhecidos, e quem sabe, isto é o melhor que possa acontecer.

CURIOSIDADES

  • Antes do assassinato do "avental de couro" uma testemunha alega ter visto um homem com bigodes para cima, cartola, bem vestido, aparentemente da alta sociedade, conversando a vítima e entrando com ela no local do assassinato. Disse que seus olhos eram frios e assustadores. Esta descrição era muito próxima do príncipe britânico, mas segundo relata-se ele estava viajando na época.
  • Na "noite dos dois assassinatos", um policial afirma ter visto um homem, bem vestido, com chapéu, capa e uma maleta que lhe cumprimentou com um "boa noite". Sua voz relata era fria e seu olhar "infernal", segundos depois avisado aos gritos por colegas saberia dos assassinatos e correu para alcançar e prender o homem e conseguiu faze-lo. Levou ao departamento de polícia mais próximo. O homem não reagiu. Ao chegar lá aproximou-se do chefe do departamento e cochichou ao ouvido dele. Segundo relata, o homem ficou branco e arregalou os olhos, então ordenou que o estranho fosse solto, perguntas não deveriam ser feitas e o caso não deveria ser relatado.
  • Segundo vizinhos de Mary Kelly, de madrugada, na noite do assassinato, ouviram uma discussão e gritos de Mary que diziam: "Não! Assassino, assassino!" Mas , como era de costume em Whitechapel, resolveram não se envolver. Outro ponto que chama a atenção é que o quarto de Mary estava com portas e janelas trancadas e as chaves estavam dentro do quarto. O senhorio abriu com cópias que possuía.
  • Ainda, num relato assombroso, conseguido tempos depois, uma amiga de Mary Kelly afirma ter ido visita-la por volta das 08:30h da manhã, mas antes de bater na porta do quarto avistou, no fim da rua, a distância, Mary afastando-se de costas de braços com um cavalheiro bem trajado, parece ter sentido a amiga, pois voltou-se e acenou para ela, entrando depois em uma outra rua e desaparecendo de sua visão. Tal relato é impressionante, pois o corpo de Mary foi encontrado no quarto duas horas depois e segundo legistas o assassinato ocorrera de madrugada e Jack havia passado horas realizando sua mutilação. Portanto, era impossível que Mary estivesse viva, no entanto, a testemunha manteve seu relato como a pura verdade.
  • A Scotland Yard tem em seu poder uma faca, de uso cirúrgico, que afirma ter pertencido a Jack, sem nunca, no entanto, revelar como a conseguiu.
  • As cartas escritas por Jack, foram guardadas e por lei só poderiam ser abertas ao público após 100 anos (1988) no entanto, tal decisão foi revogada e elas foram queimadas.

LEITURAS RECOMENDADAS

Jack, o estripador - de Tom Culle - Versão traduzida para o português, um bom livro para iniciantes no caso do assassino de Whitechapel.

O retrato de um assassino – Patrícia Cornwell – Neste livro, a autora afirma ter descoberto a identidade de Jack, como um artista plástico que, de fato, fazia pinturas baseadas em assassinatos e bastante mórbidas, segundo ela os registros de DNA que ela identificou através da faca em posse da Scotland Yard e do artista são semelhantes, mas sua teoria não é aceita por todos os estudiosos do assassino de Whitechapel.

A complete casebook Jack, the Ripper - Donald Rumbelow - Este autor é uma das maiores autoridades mundiais sobre o caso de Jack, o estripador e seu livro é a obra mais completa do assunto. Foi publicado em 1974 , no entanto, uma nova edição revisada e ampliada foi publicada depois. Uma excelente sugestão se você domina o idioma inglês.

From Hell - Alan Moore - Esta obra monumental das histórias em quadrinhos, traz a visão do genial Alan Moore (Watchmen, V de Vingança, Piada Mortal, Miracleman e outros clássicos das HQs) sobre o assassino de Whitechapel. A pesquisa de Alan foi impressionante, ao final das edições há uma listagem dos livros pesquisados que vão de A a Z. Segundo Alan sua extensa e intensa pesquisa o jogou bem próximo da mente de Jack, e ele não ousaria dar um passo a mais. Só é possível comprar edições importadas dos E. U. A, pois até então, a obra não foi lançada no Brasil.

Os pará-raios do Rei Salomão

Há perto de dois séculos, Benjamin Franklin inventou o Pará-raios. É uma verdade aceita. No entanto, é absolutamente certo, e descrito pelos antigos cronistas, que o Templo de Salomão, há três milênios, tinha 24 pará-raios. Esse templo , jamais foi atingido pelos raios, e o físico François Arago, no século XVIII , deu a explicação de semelhante privilégio: O telhado do templo, construído à italiana e revestido com lambris de madeira de cedro coberto de uma espessa camada dourada, era guarnecido de uma ponta à outra de longas lâminas de ferro ou aço pontiagudas e douradas. Na opinião de Jósephe, o arquiteto destinava essas numerosas pontas (em número de 24) a impedir que os pássaros pousassem no telhado e aí deixassem os seus excrementos. Os lados do monumento também eram cobertos, em toda a sua extensão , de madeira dourada. Finalmente, no átrio do templo, existiam cisternas para as quais a água entrava por meio de tubos metálicos. Aqui encontramos as hastes dos pára-raios e uma tal abundância de condutores, que Lichtenberg tinha razão ao afirmar que a décima parte dos aparelhos dos nossos dias está longe de oferecer, na construção, um conjunto de circunstâncias tão satisfatórias. Definitivamente, o Templo de Jerusalém , conservado intacto durante mais de 1000 anos, pode ser citado como a prova mais concludente da eficácia dos pára-raios. De que maneira Salomão e o seu arquiteto tomaram conhecimento do Pará-raios? E por que não legaram o seu segredo? Perguntas cuja resposta se encontram no caminho que leva a verdade... Fonte: História desconhecida dos homens- Robert Charroux

Donnie Darko

Bizarro e brilhante. Não há melhor definição para este filme.
Na mesma linha de David Lynch (Twins Peaks,Veludo Azul, EstradaPerdida...), Donnie Darko é um filme que nos força a olhar aestranheza de frente, enfrentar horrores subconscientes, imagens aleatórias, humor negro, e drama psicológico que força o espectador em suas entranhas mentais (Você se incomoda, mas não entende bem por quê, algo dentro de você é cutucado e se mexe e você não consegue compreender) até quase quebrar e talvez, em alguns casos quebre. Manter a sanidade é responsabilidade de cada um , se envolvendo mais ou menos na história.
A história em si, trata de Donnie Darko, um adolescente de classe média, que sofre de sonambulismo. Sonâmbulo, ele sai de casa e enquanto perambula pelas ruas uma turbina de um Boeing (!) cai em sua casa, especialmente em seu quarto (!) . Justamente, após escapar com vida deste fim trágico é que se inicia o tormento de Donnie que passa a ter alucinações com um coelho de pelúcia gigante e de aparência sombria (É, doente mesmo.) que o instiga a realizar "ações" e vem para anunciar a ele que o mundo irá acabar em menos de um mês.
Esta viagem se torna complexa, envolvendo viagem no tempo, humor negro, crítica ácida, e efeitos especiais. Entramos num labirinto do minotauro guiados por um inseguro fio de Ariadne sustentado pelo protagonista e podemos ou não voltar desta viagem que é, traduzindo conseguir ou não entender o próprio filme. A direção desta estranha experiência é do cineasta Richard Kelly, o filme foi produzido pela Flowr Films de Drew Barrymore ( que faz coisas melhores na vida do que interpretar "panteras" no cinema) e Donnie é interpretado talentosamente por Jake Gyllenhaal.
Assisti com minha família a "Donnie Darko" num desses "Corujões" da vida, (alguns dos melhores filmes que se pode assistir, na tv aberta, são de madrugada) e, acredito saímos do labirinto (entendemos o filme) , mas um trabalho tão ousado e criativo não tem uma explicação cartesiana. Cabe a cada um ter sua saída, sua interpretação do que aconteceu, e este é justamente um dos maiores atrativos do filme. Cada um tem sua própria interpretação o que faz com que o filme instigue o dialógo (o que aconteceu com minha família, ainda hoje, podemos debater a respeito do filme, pois, nada nele é simplesmente conclusivo).
É realmente fascinante assisti-lo acompanhado, sem dúvida, irá proporcionar um debate interessante. Esta será uma viagem alucinante, além de empolgante também.

The Banana Splits


The Banana Splits foi um programa exibido no Brasil, pela Tv Record, um sucesso dos anos 60, que tive oportunidade de assistir quando criança, no ínicio dos anos oitenta. O programa tinha quatro apresentadores que eram atores fantasiados de cachorro (Fleegle), um gorila (Bingo), Um leão (Drooper) e um elefante (Snorky). Havia ainda uma garotinha Charlie que participava com a turma. Os personagens viviam esquetes cômicos e apresentavam desenhos e séries animadas.

Um grande barato era a música-tema não havia como não ficar com um sorriso no rosto aos primeiros acordes e o "Tra-lá-lá..." que iniciava a canção.

Na verdade, The Banana Splits começou com a Hanna-Barbera criando um desenho animado chamado The Banana Bunch, mas , meses antes da produção decidiram transforma-los em personagens "vivos" e deram ínicio a produção do programa intitulado "The Banana Splits Hour" que foi um tremendo sucesso em sua primeira temporada, no ano de 1968, mas que não resistiu a segunda perdendo audiência e sendo cancelado.

A série teve 31 episódios. Cada um deles tinha uma hora de duração.Nos anos 70, dezoito destes episódios foram editados em meia hora, e foi esta a versão que tivemos acesso aqui no Brasil. Lembro-me de alguns dos desenhos e séries apresentados como uma versão animada de "Os três mosqueteiros" (Sinceramente, preferia a versão animada dos cachorros exibida na TV Manchete, mas isto é assunto para outra matéria), e "A Ilha do Perigo". 

Curioso que eu sempre mudava de canal quando "A Ilha" começava e, muitos anos mais tarde, fui descobrir que a série foi dirigida por Richard Donner (Super-Homem, Máquina Mortífera, Feitiço de Áquila e outros), um dos meus diretores favoritos! Gostaria de ter assistido com mais atenção. Além disso, lá estavam a Turma da Gatolândia (Esse eu me recordo um pouco), Cavaleiros da Árabia e os Microventures Me parece que havia uma série com macacos(de verdade). (Esses três últimos eu realmente não tenho apenas uma vaga lembrança).


Eu realmente não gostava do que era apresentado, mas os "Bananas" em si, eram muito divertidos e valia mais assisti-los do que as atrações. O cenário (que nunca, nunca mudava) trazia o leque de cores a cultura psicodélica dos anos 60, o que para uma criança é apenas colorido, esquisito e portanto divertido. A série teve um certo sucesso no país, chegou-se mesmo a ter camisetas , e é claro que tive a minha.


The Banana Splits , era muito divertido e marcou a infância de muita gente. É uma das referências básicas de "bobagens adoráveis" dos anos 60 e que se tornaram "cults" tais como a série do "Batman", ou mesmo o famigerado "Besouro Verde". Um marco da Hanna-Barbera com atores e desenhos animados que vale a pena ser assistido novamente para ver que coisas como "TV Colosso", teve pai e mãe, pensando bem...avós.